Setembro Amarelo: a campanha que salva vidas

De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo; se considerarmos aqueles que são subnotificados, esse número pode subir para 1 milhão.

No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano. Isso significa que, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia no nosso país.

São números alarmantes que reforçam a importância de discutirmos esse tema. É por isso que desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza a campanha Setembro Amarelo.

A campanha

Em 2003, a OMS escolheu o dia 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o que influenciou para que a campanha ocorresse anualmente em setembro.

Segundo a organização, o Setembro Amarelo tem como objetivo conscientizar a população sobre o suicídio, abordando principalmente as suas formas de prevenção por meio da conversa e educação. Por isso, a ideia é que toda a sociedade seja atingida por essas informações e que a cada ano mais pessoas participem.

Materiais de apoio são distribuídos durante todo o mês para que o maior número de pessoas compreenda melhor a temática do suicídio e sua relação íntima com a saúde mental. É mais do que fundamental que esse tema seja trabalhado nas empresas, já que o trabalho afeta diretamente o psicológico das pessoas.

Por que a cor amarela?

Em 1994, Mike Emme, um jovem americano de 17 anos, cometeu suicídio no interior de seu Ford Mustang 1968. Segundo seus amigos, o carro era seu principal passatempo. Mike havia feito uma reforma e o pintou com a cor amarela.

Após sua morte, descobriu-se que Mike tinha sinais de depressão e não conseguia lidar com o término de um namoro. O adolescente deixou uma carta para seus pais pedindo para que não se culpassem pela sua morte. Durante o enterro de Mike, os mesmos distribuíram cartões com fitas amarelas com a frase: “se você está pensando em suicídio, entregue esse cartão a alguém e peça ajuda”.

Em pouco tempo, os pais de Mike começaram a receber ligações de todo estado, e a iniciativa repercutiu para todo o país.

Um dever de todos

Todos temos o dever de atuar de forma ativa na conscientização da população a respeito da prevenção ao suicídio, tema que ainda é considerado tabu pela sociedade. Quanto mais falamos e espalhamos informações educativas sobre o tema, mais pessoas que estão passando por momentos difíceis e pensando em suicidar-se podem buscar ajuda e entender que a vida é sempre a melhor escolha.

Se informar e aprender como ajudar as pessoas que têm pensamentos relacionados ao suicídio é um dever de toda a sociedade. Pessoas próximas a você podem estar pensando em tirar a própria vida e você pode nem estar percebendo. Ter uma escuta ativa, evitar julgamentos e demonstrar empatia pode ser o início de uma grande ajuda que irá salvar uma vida.

Precisamos falar sobre isso

Muitos são os problemas que podem levar alguém a cometer suicídio, e geralmente eles são decorrentes de um acontecimento específico na vida de cada um.

Falar sobre os nossos sentimentos é fundamental.

O apoio de terceiros pode ajudar quem sofre de transtornos mentais, principalmente para identificar alguém que esteja necessitando de um tratamento profissional.

Lembre-se: ajude alguém se você pode. Procure ajuda se você precisa!

Acesse setembroamarelo.org.br